Um belo dia, recebi um recado da minha amiga Luana sobre uma possível viagem para Marrocos. Ela me disse que havia recebido um e-mail com um convite para uma Press Trip de 6 dias em Dezembro. Achei interessante, mas gostaria de adiar para Janeiro pois a viagem estava marcada para o dia 25 de novembro ( 01 dia depois da minha volta da Europa). Pra quem não sabe, em Novembro fui para Europa (Inglaterra, França e Itália) para completar as 07 Maravilhas do Mundo Moderno, o Coliseu era a última. Enfim, completei!
Essa história não será contada aqui, mas sim no livro (que está em processo de criação). A viagem para o Marrocos ocorreria 38 horas depois que pousasse em São Paulo. Eu sabia que voltaria muito cansado, depois de 12 dias e + 13 horas de Voo, mas aceitei ( Quando vou ter a oportunidade de ir para Marrocos de novo? )
Pousei em São Paulo, passei em casa, dormi, desfiz a mala, jantei, fiz as malas com outras roupas ( pois o clima estava diferente + iríamos para o deserto), fiz o Check-in e fui para o Aeroporto. Wow, só de pensar já me bate o cansaço.
A viagem foi organizada pelo Turismo de Marrocos, para jornalistas de revistas e sites especializados em viagens. Para mim, forneceram 2 vagas além da minha para essa viagem. Então com essas duas passagens extras convidei a Luana ( Amiga, que me ajudou com o contato e "negociação" com o Turismo de Marrocos, Obrigado!) e o Federico (Amigo, que responde sim para todos os meus convites de viagem por mais bizarro que seja, Obrigado!) Escolhi boas companhias.
Malas despachadas, encontramos o grupo de Jornalistas, 11 pessoas no total. Recebemos então a incrível notícia, da Royal Air Maroc (Companhia Aérea), de que nossos assentos foram alterados para classe executiva. Eu não me importo nenhum pouco de viajar na classe econômica, pois eu não durmo em avião mesmo, o importante é chegar no destino. Porém! O conforto da Classe Executiva é incrível, a poltrona deita, o espaço para as pernas é bem maior, a tela de entretenimento é maior, a viagem fica mais confortável, ainda mais para quem fica acordado o vôo inteiro. Gostaria de ressaltar que, o avião é muito silencioso, e que as poucas turbulências que tiveram não foram nenhum pouco fortes.
8 horas e 55 minutos de São Paulo a Casablanca. Chegando no Aeroporto, descemos do avião e já nos deparamos com o primeiro de 10 detectores de metais que passaríamos até sair do aeroporto. A maquina estava desligada, esperamos o segurança dar partida no detector de metais das malas, uns 10 minutos até começar funcionar, todos passaram pelo detector, e alguma das mulheres entraram em uma cabine, tipo um provador para passar pela revista. Levamos mais ou menos 1hr e meia para sair do Aeroporto, 11 pessoas passando por detectores, e imigração e esperando as malas, leva um tempo.
Entramos na Van e encontramos o nosso guia da viagem, o Fouad (melhor pessoa). Um belo almoço em um Hotel na frente da praia de Casablanca nos esperava.
O primeiro dia em Casablanca foi bem produtivo. Casablanca é a maior cidade do Marrocos, tem cerca de 5,5 milhões de habitantes e é o maior porto e centro industrial e comercial do país. É o maior centro comercial do pais, então estão acostumados a lidar com turistas a todo momento. O Mix de idiomas é muito recorrente, pois Marrocos está bem próximo da Espanha e de Portugal, e também foi ocupada por franceses por bastante tempo no século passado. Com frequência ví vendedores negociando em Francês, Espanhol e Português, e conversando com os funcionários em Árabe.
Fomos a Mesquita Hassan II, a maior mesquita de Marrocos. É o mais alto templo religioso do mundo! E o segundo maior, perdendo somente para Meca. O custo aproximado da mesquita foi de 5494 milhões de Dirham (cerca de 549 milhões de Dólares). A sua localização (junto ao mar) deve-se a Hassan II se ter inspirado no seguinte versículo do Corão: “O trono de Deus encontrava-se sobre a água”.
Nessa day trip, Conhecemos grande parte do Centro, ruas com lojas de tecidos, sapatos, panelas.
Depois de passear o dia todo, voltamos ao Aeroporto por volta das 21 para pegar um vôo de 2hrs para Errachidia em um avião de hélice. Enquanto o voo Internacional foi silencioso com poucas turbulências, não posso dizer o mesmo do voo interno. Mas deu tudo certo!
1 hr e meia de estrada pelo deserto á noite, do aeroporto até o primeiro Alojamento da viagem (Na cidade de Arfoud). 42 horas acordado, de São Paulo até Arfoud.
Nos outros 5 dias de viagem, passamos por (Errachidia, Arfoud, Merzouga, Tinejdad e Tinghir, Rissani, Ouarzazate, Marraquexe)
Descansados, fomos visitar as pistas do Rallye Dakar, carreiras de fósseis, visita de famílias nomades.
Partida para Merzouga e às dunas do grande do Erg Chebbi (deserto de dunas de areia). Já havia visitado um deserto antes na Jordânia, mas nunca um deserto de Dunas, e mais do que isso, em Marrocos estávamos na porta de entrada do famoso Deserto do Sahara.
Na Jordânia também, fiz o passeio á Cavalo mas não tinha pilotado um Camelo. Dessa vez, tive a oportunidade de "pilotar" um dromedário pelas Dunas do Deserto do Sahara. A parte mais engraçada dos Dromedários, é a "partida". Ele fica sentadinho no chão, então você pede licença, monta nas costas dele, e então o dromedário de 2m de altura, fica em pé em um piscar de olhos, parece uma montanha Russa.
Na hora de descer, é a mesma adrenalina, só que mais intensa. O Dromedário então, quando para e recebe a ordem, senta no chão em uma fração de segundos, você tem que estar preparado e rígido preparado pra queda e impacto, senão você pode ser lançado pra frente como em um Touro Mecânico. Dirigir um Dromedário é sempre uma emoção.
O Sol começou se por, então subimos até o topo de uma duna bem alta pra poder apreciar um lindo Por do Sol no Deserto.
O Dia acabou, então nos alojamos em umas barracas próximas as dunas que estávamos. Felizmente, cada um ficou com uma barraca. A minha era a número 6. Entrei, dei uma breve olhada e fui fechar o zíper. O Zíper da barraca estava quebrado. A única proteção que poderia ter no meio do deserto era um mísero Zíper, e ele estava quebrado. Imagina estou dormindo, então entra um Dromedário na barraca, ou então vários escorpiões. Precisava solucionar esse problema. Tinha apenas um abajur marroquino, e uma mesa de ferro na barraca. Bom, derrubei a mesa de ferro em cima dos panos. Tudo resolvido.
Jantamos na fogueira.
Frio, muito frio no Deserto á noite. Enquanto o sol estava se pondo, já podia sentir muito frio nas sombras das dunas. No Deserto as temperaturas costumam ser extremas, calor pela manhã e muito frio pela noite. Não tinhamos conexão alguma pra checar as temperaturas, mas no dia seguinte, quando conseguimos conexão, pesquisei. 8ºc pela Noite.
Após o café da manhã exploramos o deserto em 4x4: Erg Chebbi, passando pela aldeia abandonada de Merdani, visita das minas de Mifis e visita da aldeia de Khamliya (com chá e danças tradicionais).
A Maior parte dos nossos dias, foram na estrada atravessando o país. Toda noite em um alojamento diferente em Marrocos. E que pais incrível de se conhecer! Fomos então para Marrakech! Lá visitamos os Souks, grande mercado popular! É aquele tipo de lugar destacado em contos exóticos e filmes de aventuras que povoa nossos pensamentos como símbolo do mercado oriental. Caminhar pelas ruelas tortuosas e se perder nos labirintos embriagantes é um passeio obrigatório. É possível encontrar de tudo, e é preciso barganhar.
Aqui vão algumas dicas, para conhecer melhor esse país incrível.
- Não é preciso ter visto. Brasileiros que ficarão no país menos de 90 dias estão isentos de visto.
- Não há vacina obrigatória pra visitar o país.
- Tomada é 220V. Tomadas tipo C e E
- A maioria dos locais falam diversas línguas. Além do Árabe, é possível se comunicar em Inglês, Espanhol e Francês.
- A moeda do Marrocos é o Dirrã marroquino
- Fique longe de estranhos oferecendo tours.
- Cuidado ao visitar Mesquistas. É proibida a entrada de não muçulmanos. Somente a Hassan II em Casablanca e a Bou Inania em fez é possível visitar, fora do horário de oração.
Gostaria de Agradecer: #VisitMorocco, #VisitMarrakech , Grupo Xaluca de Hotéis, Four Seasons Marrakech, Royal Air Maroc,
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